Apesar dos avanços conquistados nas últimas décadas, o trabalho infantil persiste, muitas vezes invisível, e profundamente ligado a outro problema estrutural: a evasão escolar.
Segundo dados da PNAD Contínua (IBGE), 1,6 milhão de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos estavam em situação de trabalho infantil em 2023¹, a maioria em ocupações informais, precárias e com forte impacto em sua trajetória educacional.
A conexão entre trabalho infantil e evasão escolar é direta e tende a se agravar conforme a idade. Apenas 88,4% das crianças e adolescentes que trabalham frequentavam a escola², ou seja, uma em cada dez está fora da escola. E, entre 16 e 17 anos, a discrepância é ainda maior: apenas 81,8% dos adolescentes trabalhadores frequentavam a escola³. Esses dados mostram uma tendência preocupante e reforçam que, quanto mais velhas, maior a chance de deixarem a escola para trabalhar.
Quando uma criança trabalha, ela deixa de aprender, de brincar e de desenvolver seu potencial. A evasão escolar não é só uma consequência direta, mas também uma porta giratória que mantém gerações em ciclos de pobreza e vulnerabilidade social.
No Instituto Max Fabiani, acreditamos que a educação é um direito fundamental e um caminho potente para a transformação social. Por isso, apoiamos iniciativas que colocam crianças e adolescentes no centro, ampliando oportunidades de aprendizagem, expressão e desenvolvimento com equidade.
Combater o trabalho infantil significa garantir que cada criança esteja na escola, aprendendo, sonhando e construindo um futuro diferente. Isso exige políticas públicas eficazes, investimento social comprometido e ação coordenada entre governo, sociedade civil e setor privado.
Seguimos lado a lado com organizações que enfrentam esse desafio todos os dias, porque nenhuma transformação social é possível sem priorizar a infância.
Fontes:
¹ agenciadenoticias.ibge.gov.br
² ³ www.gov.br/secom/