Loading...

4 de agosto de 2025
O que os dados da PNAD Educação 2024 revelam sobre os desafios do Brasil rumo à educação de qualidade?
O Brasil tem dado passos importantes na educação pública e os dados mais recentes da PNAD Contínua – Educação 2024, divulgada pelo IBGE no mês passado, reforçam que há muito a celebrar, mas também muito a construir.
PNAD Educação 2024

Para o Instituto Max Fabiani, entender esses indicadores é essencial para orientar nosso trabalho no fortalecimento do ecossistema socioeducacional do país, principalmente no Centro-Oeste, nosso território de maior interesse.

Onde avançamos?

O número médio de anos de estudo da população com 25 anos ou mais aumentou de 9,9 em 2023 para 10,1 anos em 2024. Também cresceu o número de pessoas que completaram ao menos a educação básica obrigatória: 56% da população adulta atingiu esse marco.

Outro dado positivo foi a redução da taxa de analfabetismo para 5,3% entre a população com 15 anos ou mais, o menor índice da série histórica iniciada em 2016.

No Centro-Oeste, observam-se avanços semelhantes. Entre 2023 e 2024, o número médio de anos de estudo aumentou de 10,5 para 10,7. O percentual da população acima de 25 anos que concluiu ao menos a educação básica cresceu 3% na região, acima da média nacional de 2,7%. O centro-oeste também registrou a maior redução no nível de analfabetismo do país, junto com a região Norte, de 0,4%

Esses resultados refletem esforços conjuntos de políticas públicas, iniciativas sociais e da sociedade civil para ampliar o acesso à educação. No entanto, quando olhamos mais de perto, as desigualdades ainda são profundas.

Desigualdade tem cor, idade e território

Apenas 50% das pessoas pretas ou pardas com 25 anos, ou mais concluíram a educação básica, contra 63,4% das pessoas brancas.

Ao analisar essa estatística por região, observa-se que a menor disparidade está no Norte, onde 61,4% da população branca e 51,4% da população preta ou parda concluíram a educação básica. No entanto, essa região, juntamente com o Nordeste e o Centro-Oeste, apresentou um aumento na desigualdade entre brancos e pretos ou pardos na conclusão da educação básica desde 2023. Esse crescimento da desigualdade educacional indica que, embora haja avanços no acesso à educação básica, esse progresso não tem sido distribuído de forma equitativa entre os diferentes grupos raciais.

Os dados sobre a taxa de analfabetismo apontam para o mesmo problema. Embora o país tenha registrado uma redução geral nesse indicador entre 2023 e 2024, as regiões Nordeste e Centro-Oeste apresentaram aumento na disparidade entre brancos e negros. Isso evidencia que, apesar dos avanços, o ritmo de progresso continua desigual entre os grupos raciais.

A evasão escolar afeta principalmente jovens negros e periféricos. Dos 8,7 milhões de jovens entre 14 e 29 anos que não concluíram o ensino médio, 72,5% são pretos ou pardos.

A principal razão para o abandono dos estudos é a necessidade de trabalhar (42%), seguida pela falta de interesse (25,1%). Entre as mulheres, gravidez precoce e responsabilidades domésticas também se destacam como barreiras significativas.

Além disso, o Nordeste concentra 55% da população analfabeta do país, evidenciando como o histórico de exclusão educacional ainda impacta o presente.

Primeira infância: meta nacional ficou para trás

O Plano Nacional de Educação (PNE) previa que, até 2024, ao menos 50% das crianças de 0 a 3 anos estivessem matriculadas em creches. Essa meta não foi atingida em nenhuma região do país, com média nacional de 39,8%. Por outro lado, observa-se um crescimento consistente ao longo dos anos, sinal de que é possível avançar mais.

Entre as crianças de 4 a 5 anos, a taxa de escolarização chegou a 93,4%, e entre os 6 e 14 anos, manteve-se em 99,5%, evidenciando a quase universalização nessa etapa.

São dados que demostram o quanto o país vem investindo na base do desenvolvimento humano, e o quanto esse investimento precisa ser ampliado e assegurado em todos os territórios.

Por que isso importa para o Instituto Max Fabiani?

No Instituto Max Fabiani, acreditamos que a transformação social começa com o acesso à educação de qualidade. É por isso que atuamos diretamente com redes educacionais na qualificação da oferta de ensino, por meio de apoio técnico à gestão, apoio no acompanhamento da aprendizagem e jornadas formativas alinhadas às necessidades da rede, sempre com o compromisso de garantir que todos os estudantes sejam alfabetizados na idade certa.

Vamos juntos?

Transformar os dados em ações concretas é o que move o nosso trabalho. E é também um convite: de que forma você pode se envolver nessa mudança?

Fontes:
PNAD Educação – Educação 2024, IBGE
IBGE – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Anual – 2º trimestre

Veja outras notícias

Se preferir, CLIQUE AQUI para acessar todas as notícias do Instituto Max Fabiani.